terça-feira, 23 de abril de 2013

Composição de Wilson Rocha


Para ter o meu sustento

Eu pego até no baralho

Pedreiro, encanador

Eu topo qualquer trabalho

No prazo e na qualidade

Eu produzo e nunca falho

Vou dizer modéstia à parte

O que eu faço é grande arte

Meu peso é X, dez X valho


Seu doutor, quero ganhar

Dinheiro suficiente

Para o leite das crianças

E pra eu andar decente

Carece ser bom dinheiro

Vivo, em moeda corrente

Meu trabalho é precioso

Seja então pois cuidadoso

Me pague pontualmente


Meu ofício o senhor vê

É sempre fazer canção

Me acompanho no Cavaco

No Piano e no Violão

Também som instrumental

De sopro e de percussão

Eu canto o que Deus me manda

Samba, forró, boi, ciranda

Seguindo meu coração


A empresa é coisa séria

Se é isso o que o Sr. me diz

Não vejo nenhum problema

De um tudo na vida eu fiz

Varri no chão de uma escola

Serpentina e pó de giz

Operário ouvindo música

Coisa rara, talvez única

Trabalha alegre, feliz.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Blá, Blá, Blá...

É quando você simplesmente para de ficar todo momento frisando sua lista de convicções e vive tudo aquilo que em “teoria” você pensa ser correto, que você percebe que todo este blá, blá, blá moral, toda aspiração em busca da verdade, todos os conceitos que você tem sobre o mundo ou sobre si mesmo, na realidade mesmo só serve de esterco para solidão. 
Seja uma mente a t i v a. Transforme pensamento em ações.
Seu discurso moralista não serve nem pra limpar a bunda se você não consegue ser reflexo daquilo que almeja.

J. Zaccarelli.

domingo, 14 de abril de 2013

Pretensão da Poesia



Poesia arrotada e veículos de comunicação,
Gritos de não, se esquivam das marcas da maldade,
Procuramos a própria paz independente da idade,
A Medida do abismo cabe dentro da solidão.
Futuro e mudança esperneiam imbecilidade!

Os pobres dividem a mesa com o rato e com a febre,
Insultos movem o mundo, o ego morde os Burgueses,
Somos pensadores analfabetos, filhos e fregueses,
A musica instiga o balanço, uma multidão inerte.
Somos perna, corpo, vontade e fezes!

Onde esta escondido o espirito coletivo?
Um dia perfeito independe do acaso e das receitas,
Almas reinventadas com saudade de coisas feitas,
Cada dia uma nova oportunidade de viver Vivo.
Caravana de milagres e piadas com Anão!

Filosofia e frases misturadas com burrice,
Um verso fornece sonhos e insemina o futuro,
Os costumes condenáveis e a busca pelo ouro, 
A Justiça é uma engrenagem que atua feito foice.
Viva Milton Santos e Josué de Castro!

A fotografia é uma janela na memoria, algo que ocorreu,
A política acorrentada a mentiras e Mensalões,
O povo é o próprio hospício, vitimas das invenções,
Ninguém define a existência de quem já morreu.
A geração do Facebook não faz revoluções!

A Febre do Rato


quinta-feira, 11 de abril de 2013

Guerra é Paz, Liberdade é Escravidão







Reféns de aspectos políticos e sociais, 
Olhamos para nossos relógios e aceleramos nosso ócio.
Acorrentados a provas e gabaritos escolares,
Queremos entender a Luz grega e repousar na sombra Subversiva;
Che-guevara e a luta contra o imperialismo!

O governo nos manipula e coordena nossos costumes,
CPF, RG, INSS, PIS, FGTS, TITULO DE ELEITOR E MILITAR, 
O mundo vive em ebulição de ódio e dinheiro.
Sem planejamento, dançamos com os espíritos do tempo, 
Todos pensam em mudar o mundo!

Debatemos ideias e o cotidiano que conspira,
O que eu quero não tem preço e não vende no Mercado,
A ditadura nunca terminou, apenas trocou de endereço!
Não existe guerra alguma, é só o capital cruzando o mar.
Ordem e progresso, repressão e miséria.

Paulo Leminski rasga a democracia, e explica sua confusão,
Aplica consciência e insulta a repressão.
O povo só precisa do futebol e cerveja, 
no máximo um Marlboro e uma Pizza.
A rede globo tem o cheiro do fascismo!

A canção do gelo



Só esta vivo quem esta no Facebook,
A memoria é um espaço de luta politica,
Envergadura moral e subfaturamento da fome;
A moda escraviza empregados e impõe alienação!

Choque politico e existencial,
o golpe de 64 afundou a decadencia,
O Tio Sam sempre da uma ajuda;
Cúmplices do Vietnã.

Filhos da fraude fiscal,
Futebologia e Astucia, Utopia e Barbárie;
Vamos apostar o motivo da Terceira Guerra?
O emprego ridiculariza a liberdade.

A vida disfarçada de festa e carnaval,
Os Extados Unidos, diariamente,
Mata a independência e a justiça internacional;
Quem vai inventar o notebook com Air-bag?

Mate a Fifa e mate a Fome!
Beba poluição e respire diplomas,
Faculdade é uma creche muito cara;
1984 – George Orwell.

RZO / O TREM


Utopia e Barbarie


sexta-feira, 5 de abril de 2013

Poema de Abril


toda meia-noite, reinicia a vida,
todo amanhecer alimenta uma partida,
toda parte se resume a sua cabeça.
antes tarde do que nunca,
antes iate do que fusca,
antes marte do que trunfa!